Desde a aurora da civilização o ser humano tem se perguntado qual a sua origem, indagando-se a respeito de sua verdadeira natureza. Diferentes culturas dão, a essa questão, diferentes respostas. Para os pagãos do norte da Europa, o ser humano foi criado pelos Deuses Odin, Vili e Ve, da tribo dos Deuses Aesires. Esses três Deuses encontraram, aqui na Terra, um par de árvores: um freixo e um olmo. Eles resolveram, então, transformar esse par de árvores num homem e numa mulher. Dessa forma, de acordo com os mitos nórdicos, tanto o homem quanto a mulher foram criados simultaneamente pelos Deuses e, portanto, em condições de igualdade! O freixo Eles chamaram de Askr, e decidiram que ele seria o primeiro homem. E o olmo Eles chamaram de Embla, e decidiram que seria a primeira mulher. Para que essa transformação ocorresse, cada um dos 3 Deuses teve que dar uma dádiva ao casal de árvores. Odin assoprou o par de árvores, dando-lhes o sopro da vida e o espírito. Por sua vez, Vili deu o conhecimento, os sentimentos e os sentidos. E por fim, Ve deu a forma humana, a capacidade de movimento, o sangue e a carne (coloração). Dessa forma, nasce o casal que deu origem à Humanidade!
Isso diz o mito, mas o que isso tudo significa? Afinal de contas um mito, sem interpretação, não passa de uma estória de criança! O poder do mito está justamente em sua interpretação e no que isso se traduz em relação a conhecimento aplicável em nosso dia a dia. Os mitos são símbolos que, se corretamente interpretados, nos transmitem conhecimentos sobre as leis divinas.
Para mim, tal mito está de acordo com um princípio místico, denominado Lei do Triângulo, aplicado ao ser humano.
As Leis da Dualidade, do Triângulo e dos Ciclos
O número três representa, dentre outras coisas, a manifestação perfeita, pois ele simboliza o equilíbrio entre os opostos. Como o equilíbrio entre partes opostas nos lembra a justiça, e sendo esse equilíbrio considerado a manifestação perfeita, podemos dizer que o três é o número justo e perfeito a se manifestar entre as colunas da dualidade!
Mas porque ele representa o equilíbrio entre os opostos?
O que tem ele a ver com a dualidade e a manifestação?
E o que isso tudo tem a ver com a manifestação perfeita?
Essa resposta é obtida através de uma lei que os místicos costumam chamar de Lei do Triângulo, simbolizada por um triângulo equilátero!
De acordo com esse ensinamento, tudo o que existe é a manifestação decorrente da interação entre duas forças opostas e complementares. Dessa forma, as coisas existem devido ao equilíbrio que se obtém entre duas forças ou qualidades opostas e, portanto, tudo o que conhecemos possui essas duas qualidades opostas em sua essência.
Pela lei da dualidade sabemos que tudo possui o seu oposto. Dessa forma, vamos chamar uma certa força, ou qualidade, de positiva, formando o primeiro ponto do triângulo. Se o ponto 1 existe, certamente também existe um ponto 2, denominado negativo, que é igual ao primeiro ponto, só que com as características opostas ao mesmo, constituindo-se numa força contrária à primeira força.
Como alguns poucos exemplos disso, temos Amor e Ódio, Luz e Trevas, Macho e Fêmea, pólo Norte e pólo Sul de um imã, pólo positivo e pólo negativo de uma bateria elétrica, os pilares da Misericórdia e da Severidade na Árvore da Vida Cabalistica, Jakin e Boaz, os quadrados pretos e brancos do tabuleiro maçônico, e por aí vai uma infinidade de exemplos!
Acontece que os pontos 1 e 2, sozinhos, não se manifestam. O positivo puro e o negativo puro são dois extremos que, pelo simples fato de serem extremos, estão ambos no infinito e, dessa forma, não fazem parte do mundo manifesto. Se na escuridão absoluta não enxergaríamos nada, na luz absoluta também seríamos cegos. Não existe imã com apenas um dos pólos magnéticos, da mesma forma que o templo não se sustentaria com apenas uma de suas colunas!
Dessa forma, o positivo tem que interagir com o negativo, para que dessa interação surja o terceiro ponto, que é a manifestação. Da mesma forma em que são necessários quadrados pretos e brancos interagindo uns com os outros para formarem o tabuleiro maçônico, também existe a necessidade da interação entre um pólo positivo e um outro negativo de uma bateria, para que a eletricidade possa se manifestar através de uma corrente elétrica.
Dessa forma, não são os pares de opostos que se manifestam. O que se manifesta, na realidade, é justamente a interação entre eles. O positivo e o negativo nunca irão se manifestar sozinhos, pois ambos só podem se manifestar juntos no terceiro ponto. E o que se manifesta, na realidade, é o equilíbrio entre essas duas forças opostas. Eis a chave para se entender o significado da coluna do meio da árvore da vida cabalística!
Isso diz o mito, mas o que isso tudo significa? Afinal de contas um mito, sem interpretação, não passa de uma estória de criança! O poder do mito está justamente em sua interpretação e no que isso se traduz em relação a conhecimento aplicável em nosso dia a dia. Os mitos são símbolos que, se corretamente interpretados, nos transmitem conhecimentos sobre as leis divinas.
Para mim, tal mito está de acordo com um princípio místico, denominado Lei do Triângulo, aplicado ao ser humano.
As Leis da Dualidade, do Triângulo e dos Ciclos
O número três representa, dentre outras coisas, a manifestação perfeita, pois ele simboliza o equilíbrio entre os opostos. Como o equilíbrio entre partes opostas nos lembra a justiça, e sendo esse equilíbrio considerado a manifestação perfeita, podemos dizer que o três é o número justo e perfeito a se manifestar entre as colunas da dualidade!
Mas porque ele representa o equilíbrio entre os opostos?
O que tem ele a ver com a dualidade e a manifestação?
E o que isso tudo tem a ver com a manifestação perfeita?
Essa resposta é obtida através de uma lei que os místicos costumam chamar de Lei do Triângulo, simbolizada por um triângulo equilátero!
De acordo com esse ensinamento, tudo o que existe é a manifestação decorrente da interação entre duas forças opostas e complementares. Dessa forma, as coisas existem devido ao equilíbrio que se obtém entre duas forças ou qualidades opostas e, portanto, tudo o que conhecemos possui essas duas qualidades opostas em sua essência.
Pela lei da dualidade sabemos que tudo possui o seu oposto. Dessa forma, vamos chamar uma certa força, ou qualidade, de positiva, formando o primeiro ponto do triângulo. Se o ponto 1 existe, certamente também existe um ponto 2, denominado negativo, que é igual ao primeiro ponto, só que com as características opostas ao mesmo, constituindo-se numa força contrária à primeira força.
Como alguns poucos exemplos disso, temos Amor e Ódio, Luz e Trevas, Macho e Fêmea, pólo Norte e pólo Sul de um imã, pólo positivo e pólo negativo de uma bateria elétrica, os pilares da Misericórdia e da Severidade na Árvore da Vida Cabalistica, Jakin e Boaz, os quadrados pretos e brancos do tabuleiro maçônico, e por aí vai uma infinidade de exemplos!
Acontece que os pontos 1 e 2, sozinhos, não se manifestam. O positivo puro e o negativo puro são dois extremos que, pelo simples fato de serem extremos, estão ambos no infinito e, dessa forma, não fazem parte do mundo manifesto. Se na escuridão absoluta não enxergaríamos nada, na luz absoluta também seríamos cegos. Não existe imã com apenas um dos pólos magnéticos, da mesma forma que o templo não se sustentaria com apenas uma de suas colunas!
Dessa forma, o positivo tem que interagir com o negativo, para que dessa interação surja o terceiro ponto, que é a manifestação. Da mesma forma em que são necessários quadrados pretos e brancos interagindo uns com os outros para formarem o tabuleiro maçônico, também existe a necessidade da interação entre um pólo positivo e um outro negativo de uma bateria, para que a eletricidade possa se manifestar através de uma corrente elétrica.
Dessa forma, não são os pares de opostos que se manifestam. O que se manifesta, na realidade, é justamente a interação entre eles. O positivo e o negativo nunca irão se manifestar sozinhos, pois ambos só podem se manifestar juntos no terceiro ponto. E o que se manifesta, na realidade, é o equilíbrio entre essas duas forças opostas. Eis a chave para se entender o significado da coluna do meio da árvore da vida cabalística!
Eis que agora levanto uma questão: se tudo o que se manifesta é o equilíbrio entre duas forças opostas interagindo, como então vivemos num mundo cheio de dualidades?
Se os pares de opostos individualmente não se manifestam, como é que nós sofremos a ação dos mesmos agindo sozinhos em nosso dia a dia como, por exemplo, amor e ódio?
De fato, olhando-se os fatos rapidamente, concordo que a teoria parece estar furada. Mas fazendo um esforço para expandir a consciência para se olhar além do horizonte, notaremos que a teoria está correta, pois iremos perceber que tudo no Universo e, portanto na vida, ocorre em ciclos! Olhando-se pontualmente, como estamos acostumados, veremos desequilíbrio e dualidade. Mas olhando-se globalmente, perceberemos que no todo só se manifesta o equilíbrio, que é a causa dos eternos ciclos da natureza e dos constantes fluxos e refluxos em nossas vidas. É por isso que a toda ação corresponde uma reação, pois a reação é o Cosmos manifestando o equilíbrio, sendo a reação o que equilibra a nossa ação. Dessa forma, uma ação nunca irá se manifestar sem uma reação correspondente e equilibrante.
Para ilustrar isso, imaginemos duas colunas verticais. A da direita representa a força positiva, e a do lado esquerdo a negativa. Nenhuma dessas duas colunas se manifesta. O que se manifesta, na realidade, é um pêndulo, que se encontra exatamente no meio dessas duas colunas. Tal pêndulo é a manifestação do equilíbrio entre essas duas colunas, sendo ele, o pêndulo, a única coisa a se manifestar.
Esse pêndulo fica eternamente a oscilar entre as duas colunas. Se tirarmos uma fotografia do mesmo, para encará-lo pontualmente, poderemos perceber, por exemplo, que o pêndulo está mais próximo de uma das colunas do que da outra. Com base nisso, poderíamos concluir que o que está se manifestando é a coluna da qual o pêndulo se encontra mais próximo. Poderíamos concluir, erroneamente, que não existe equilíbrio coisa alguma, e que o mundo é refém de um mar eterno de dualidades!
Acontece que não estamos vendo toda a situação. Se pararmos de ver a imagem através de fotografias isoladas, e encararmos o que ocorre globalmente, veremos que o universo não é estático e, portanto, não pode ser vistos através de fotografias. O universo é dinâmico e, portanto, o equilíbrio não é estático, e sim, é um equilíbrio dinâmico.
Notaremos que o pêndulo se aproxima de uma das colunas, porém vai chegar um momento que ele irá parar e inverter o sentido do movimento, indo de encontro da coluna oposta. Irá passar pelo centro e continuará se aproximando da coluna oposta, até parar e inverter novamente o sentido de seu movimento, num eterno ciclo. Analisando-se essas oscilações perceberemos que a média é justamente o ponto central entre as duas colunas. Por isso que os ciclos são as manifestações perfeitas de duas forças em equilíbrio, sendo a terceira ponta do triângulo eqüilátero. Dessa forma, o positivo só se manifesta quando está sendo equilibrado pelo negativo, e vice-versa.
Por isso mesmo que a nossa vida é repleta de ciclos, de fluxos e refluxos, de altos e baixos. Temos que aproveitar a primavera e o verão, não somente se divertindo ao Sol, mas também plantando e trabalhando em nossa lavoura, para podermos colher o que plantamos no outono, e quando o inverno chegar, passaremos pelo mesmo abastecidos com os frutos de nossa colheita. E por mais rigoroso e escuro que seja o inverno, sabemos que ele é passageiro, e tão certo que o Sol irá nascer depois de uma noite fria, o inverno será seguido por uma nova primavera.
O mesmo tipo de equilíbrio se aplica às nossas emoções, como por exemplo, o amor e o ódio. Sabemos que, pela lei do equilíbrio, a mesma distância que o pêndulo vai para a direita, ele irá depois para a esquerda. Da mesma forma, aquele que muito ama, também é aquele que muito odeia. São as pessoas conhecidas como passionais. Por outro lado, aquele que pouco é afligido pelo ódio, também é pouco afligido pelo amor. O amor e o ódio se alternam em nossas vidas. Se exagerarmos muito de um lado, também iremos sofrer as conseqüências do exagero do outro lado. Por isso que um amor cego pode se transformar num grande ódio. Como diz o ditado popular, amor e ódio são as duas faces da mesma moeda! Manifestam-se juntos, pois afinal de contas, ao amarmos algo simultaneamente iremos odiar tudo aquilo que venha a ameaçar o objeto de nosso amor. O sábio não é aquele que se entrega às paixões, e sim é aquele que as mantém comedidas.
Nós todos estamos à mercê das emoções e dos sentimentos, oscilando dentro de nós. Aquele que é escravo das paixões é aquele que simplesmente se deixa arrastar por esses ciclos, pois não consegue manter o domínio sobre eles. É aquele que comete excessos, mal sabendo que o excesso de um lado fatalmente irá desencadear o excesso do outro lado, pois o Universo sempre se manterá em equilíbrio. Isso fará com que a sua vida permanece sempre num aparente desequilíbrio, a mercê das dualidades. É o pêndulo com oscilações longas, que se afasta muito do centro, ora muito perto da coluna direita, ora muito perto da esquerda, o que, aparentemente, dá a impressão de estar manifestando os opostos, e não o equilíbrio entre os mesmos, deixando a tarefa de se manter o equilíbrio com o Cosmos, atitude essa que resulta em fatos desagradáveis para a vida desse indivíduo e daqueles que estão a sua volta.
O verdadeiro mestre não delega ao Cósmico o trabalho de manter o equilíbrio, fato que acarreta em situações imprevisíveis e nem sempre agradáveis! O verdadeiro sábio assume, ele mesmo, o trabalho de manter-se em equilíbrio, pois dessa forma ele está no controle. Não deixa o seu barco a deriva, mas assume o leme do mesmo! É o pêndulo com oscilações curtas, afastando-se pouco do centro. Dessa forma, mantém-se o tempo todo mais próximo do centro do que das colunas laterais, manifestando, de fato, o equilíbrio entre os opostos, que são conciliados dentro dele mesmo, pois o equilíbrio foi alcançado internamente, e não deixado como encargo para o Cósmico realizá-lo externamente!
É isso que representa o iniciado entre colunas! Jakin e Boaz são as colunas laterais da Árvore da Vida Cabalística, chamadas de Colunas da Severidade e da Misericórdia, sendo o iniciado a coluna do meio dessa mesma árvore, chamada coluna do equilíbrio ou da beleza. As colunas laterais representam as dualidades, e quando o iniciado está entre colunas, ao adentrar o templo, simboliza o compromisso que ele aceitou de equilibrar os pares de opostos dentro dele mesmo, conciliando as dualidades em seu interior, a fim de manifestar o equilíbrio entre ambas e de se tornar, ele mesmo, a manifestação perfeita, o triângulo eqüilátero, justo e perfeito entre colunas!
Natureza Trina do Ser Humano e os Três Planos de Manifestação.
O ser humano foi formado por três Deuses, sendo que cada um deles contribuiu com uma parte. Logo, o ser humano é trino, o que corrobora a Lei do Triângulo. Porém, de acordo com algumas doutrinas místicas, o ser humano encarnado seria representado pelo número 9, ou seja, o 3 vezes o 3. Para simplificar tudo isso, vou considerar três planos horizontais de manifestação: o divino, o astral e o físico. E cruzando esses planos, colocarei três colunas verticais: a Alma, a Mente e o Corpo. A tabela abaixo ilustra esse fato:
*******************Alma ********** Mente ******** Corpo ****
Plano Divino *Centelha Divina **** Eu Interior *** Corpo Luminoso *
Plano Astral * Energia da Alma ** Subconsciente *** Corpo Astral ***
Plano Físico * Energia da Alma * Mente Consciente * Corpo Físico ***
Assim sendo, o ser humano seria composto por uma alma, um corpo e uma mente, que quando encarnado, além de se manifestarem no plano divino, também se manifestariam no plano astral e no plano físico.
Vamos analisar o primeiro triângulo, composto por alma, corpo e mente.
A alma seria a nossa essência divina, que sozinha não se manifesta, pois a essência sem um corpo para conter-lhe, acabaria por se diluir. A alma seria o ponto 1 do triângulo.
Já o corpo seria o que dá suporte à manifestação da alma. Sozinho o corpo também não tem condições de se manifestar, pois um corpo, sem ser infundido pela energia vital da alma, acaba por se decompor. O corpo seria o ponto 2 do triângulo.
Da interação da alma com o corpo resulta a manifestação da Mente no terceiro ponto do triângulo. Logo, o ser humano é trino, constituído da interação de uma alma com um corpo, que resultam na manifestação da consciência, cuja expansão é o objetivo principal da Evolução Cósmica.
No plano divino, nosso corpo é formado por uma substância muito sutil, a qual vibra nas freqüências mais altas do Teclado Cósmico. Vou chamá-lo de corpo luminoso, embora já tenha lido alguns autores chamá-lo de corpo causal. Tal corpo causal se manifesta no plano astral através do corpo astral, que por sua vez se manifesta no plano físico através de nosso corpo físico. Nosso corpo físico vibra nas fequências mais baixas do Teclado Cósmico, enquanto o corpo astral vibra numa freqüência intermediária entre o corpo físico e o corpo luminoso.
A nossa alma pertence ao plano divino, mas quando estamos encarnados, parte de sua energia vivifica tanto o nosso corpo astral quanto o nosso corpo físico. Como o corpo astral vibra numa frequência mais próxima das vibrações divinas do que o corpo terreno vibra, a parcela da energia de nossa alma, a vivificar o corpo astral, é maior do que a parcela da mesma que chega até o nosso corpo físico.
No plano divino a nossa mente é o Eu Interior, também chamada de Mente Superior. A manifestação do Eu Interior no plano astral é o subconsciente, que por sua vez se manifesta no plano físico através da nossa mente objetiva, também chamada de mente consciente. Porém, quando algo que vibra em altíssimas frequências, como a Mente Superior, tem que ser convertido em algo de baixíssimas frequências, como a mente física, algo se perde nessa conversão. É por isso que a nossa personalidade é apenas um reflexo de nosso Eu Interior, sendo que a maior parte das qualidades de nossa Mente Superior não podem ser manifestadas em nossa consciência objetiva.
Se tivermos um equipamento de telecomunicações que opera em altas frequências, e na outra ponta um outro que opera em baixas frequências, é óbvio que um não saberá da existência do outro, pois não conseguirão se comunicar. Será necessária a existência de um conversor entre ambos os equipamentos, convertendo o sinal de altas frequências num sinal de baixas frequências, e vice-versa, para que ambos se conectem.
O mesmo ocorre em relação à alma e ao corpo físico, sendo que a função do equipamento conversor de frequências é realizada pelo corpo astral. É o nosso corpo astral que conecta a alma ao corpo físico, permitindo, assim, que o ser humano possa viver na Terra. É através do corpo astral, ou seja, através de nosso subconsciente, que o Eu Interior manda inspiração à mente física, assim como é através dele que a mente física manda as impressões e lições mundanas ao Eu Interior. É por tal motivo que qualquer contato com o Eu Interior tem que ser realizado através da introspecção, pois o subconsciente é a ponte entre a nossa consciência objetiva e o nosso Eu Interior.
Com tudo isso em mente, nós podemos simplificar e dizer que o ser humano é trino e é formado por alma, corpo e mente, e que se manifesta, quando encarnado, nos planos divino, astral e físico.
Odin, Vili e Vê
Já sabemos que o ser humano é formado por 3 partes intimamente interligadas, a saber: Alma, Mente e Corpo. Quando encarnado, vou considerar como corpo o nosso corpo físico, que é o suporte material da Alma aqui no plano físico. Com isso em mente, vamos analisar a constituição do ser humano de acordo com a Tradição Nórdica.
Dessa forma Odin, que de acordo com a Tradição Nórdica forneceu o espírito, é o responsável pela alma humana. Odin fornece a centelha Divina que arde dentro de cada um de nós, centelha essa que nos anima (sopro da vida) e nos torna parente dos Deuses. Não é a toa que Odin também é um Deus da Morte, que recolhe em seu palácio a alma de todos aqueles que foram valorosos durante a vida, o que antigamente se traduzia em morrer com honra na batalha! Afinal de contas, nada mais natural do que voltar para Ele exatamente a parte que Ele concedeu e que melhor se manifestou aqui na Terra! Odin também é o Deus do êxtase divino e da inspiração. Logo, o êxtase divino provém de nossa alma, e a inspiração ocorre quando um fluxo de energia proveniente de nossa centelha divina se torna compreensível para a nossa mente consciente.
Vili, que deu o conhecimento e os sentimentos, é responsável pela Mente. Vili também significa Vontade. Logo, a nossa Vontade está em nossa Mente e, portanto, é nossa Mente que tem a palavra final sobre nossas decisões, nos mostrando o caminho a seguir. Mente forte, Vontade forte. Uma Mente fraca, uma Vontade fraca!
E por fim, Ve é responsável pelo nosso corpo físico. Ve significa Sagrado, significando que o nosso corpo físico é sagrado, pois é o templo da alma. É através de nosso corpo físico que nós podemos manifestar as Virtudes Divinas no plano físico. Por isso mesmo é que nosso corpo físico deve ser bem cuidado e jamais ser desprezado. Ve também é chamado de Lodur, que para alguns autores é um outro nome para Loki. Vê nos deu o sangue, e na forma de Loki, é um Deus Ígneo. E o que faz ferver mais o sangue do que nossas paixões terrenas? Dessa forma, Vê também é o responsável por nossas paixões terrenas, cujo objetivo é satisfazer o nosso corpo físico, o qual é sagrado, pois é o templo de nossa alma.
Infelizmente, nós não estamos cientes de que esses 3 aspectos formam, na realidade, uma unidade. E essa falta de consciência faz com que, em geral, nossa centelha divina aponte para um lado, enquanto nossas paixões físicas apontam para o outro. Essa falta de sincronismo entre a nossa centelha divina e nossas paixões físicas nos quebram, nos fazendo ficar a mercê de um falso mundo de dualidades e em completo desequilíbrio!É como uma carruagem puxada por dois cavalos. A centelha divina é um cavalo, nossas paixões físicas são o outro cavalo, e nossa mente é o carroceiro, sendo que cada cavalo está amarrado a um dos braços do carroceiro. O fato de não termos nossas aspirações espirituais em conformidade com nossas paixões terrenas faz com que cada cavalo vá para um lado diferente. Isso faz com que nossa mente, o carroceiro, se rasgue em dois, criando um falso conceito de Bem contra o Mal, perdendo-se no mundo falso das dualidades inconciliáveis!
A função do carroceiro, que é a nossa mente, é justamente fazer com que as nossas aspirações espirituais se alinhem com nossas paixões terrenas. Dessa forma, ambos os cavalos irão seguir para o mesmo ponto, desaparecendo, assim, a dualidade que afligia a nossa mente. Iremos ter a mente clara e faremos com que os dois cavalos nos guiem até o destino escolhido por nossa mente, de forma eficiente e segura.
Mas como a nossa mente pode sincronizar nossa centelha divina com as nossas paixões terrenas, fazendo-as apontar para o mesmo ponto?
Isso pode ser feito através do conhecimento. Através de técnicas de introspecção, nossa mente consciente pode receber a inspiração necessária diretamente de nossa centelha divina, através de nosso Eu Interior. Ao receber essa inspiração, a nossa mente objetiva deve usar de conhecimento e raciocínio para interpretar corretamente o que a nossa Mente Superior quis de fato nos comunicar. Depois disso, deve usar de critérios para saber como alinhar as nossas paixões terrenas em conformidade com as nossas aspirações espirituais. E para colocar isso em prática, são necessárias disciplina e vontade, pois não há disciplina sem vontade.
Nossa mente consciente, além de ser disciplinada, tem que ser equilibrada, para saber levar a alma e o corpo em conformidade. Não adianta darmos importância demasiada às nossas aspirações divinas, em detrimento às nossas paixões terrenas, pois isso só gera sofrimento, doença e ruína. Temos que saber descartar aspirações utópicas e sem sentido, e nos concentrarmos nas aspirações que, de fato, são passíveis de se realizar no plano terreno. Também não adianta darmos livre vazão às paixões terrenas, pois isso também só gera sofrimento, sendo fonte de vícios e insatisfação. Temos que ter disciplina suficiente para frearmos os impulsos terrenos quando esses se mostrarem exagerados, ou então, quando se mostrarem em total desacordo com nossas aspirações divinas. Não devemos ser castos, mas também não nos convém sermos depravados!
E é para achar esse meio termo, esse ponto de equilíbrio, é que saímos em busca de conhecimento. Só dessa forma poderemos manifestar, aqui na Terra, a perfeição de nossa centelha divina, nos tornando o Triangulo Eqüilátero, justo e perfeito entre as colunas.
Bibliografia:
1-) Manual Nórdico - O Texto Rúnico,
Autor: Grimmwotan Idavoll,
2-) The Mystical Qabalah
Autora: Dion Fortune
3-) Deuses e Mitos Do Norte Da Europa
Autora: H.R. Ellis Davidson
4-) Dogma e Ritual De Alta Magia
Autor: Eliphas Levi.
5-) A Cabala Das Feiticeiras
Autora: Ellen Cannon Reed
Se os pares de opostos individualmente não se manifestam, como é que nós sofremos a ação dos mesmos agindo sozinhos em nosso dia a dia como, por exemplo, amor e ódio?
De fato, olhando-se os fatos rapidamente, concordo que a teoria parece estar furada. Mas fazendo um esforço para expandir a consciência para se olhar além do horizonte, notaremos que a teoria está correta, pois iremos perceber que tudo no Universo e, portanto na vida, ocorre em ciclos! Olhando-se pontualmente, como estamos acostumados, veremos desequilíbrio e dualidade. Mas olhando-se globalmente, perceberemos que no todo só se manifesta o equilíbrio, que é a causa dos eternos ciclos da natureza e dos constantes fluxos e refluxos em nossas vidas. É por isso que a toda ação corresponde uma reação, pois a reação é o Cosmos manifestando o equilíbrio, sendo a reação o que equilibra a nossa ação. Dessa forma, uma ação nunca irá se manifestar sem uma reação correspondente e equilibrante.
Para ilustrar isso, imaginemos duas colunas verticais. A da direita representa a força positiva, e a do lado esquerdo a negativa. Nenhuma dessas duas colunas se manifesta. O que se manifesta, na realidade, é um pêndulo, que se encontra exatamente no meio dessas duas colunas. Tal pêndulo é a manifestação do equilíbrio entre essas duas colunas, sendo ele, o pêndulo, a única coisa a se manifestar.
Esse pêndulo fica eternamente a oscilar entre as duas colunas. Se tirarmos uma fotografia do mesmo, para encará-lo pontualmente, poderemos perceber, por exemplo, que o pêndulo está mais próximo de uma das colunas do que da outra. Com base nisso, poderíamos concluir que o que está se manifestando é a coluna da qual o pêndulo se encontra mais próximo. Poderíamos concluir, erroneamente, que não existe equilíbrio coisa alguma, e que o mundo é refém de um mar eterno de dualidades!
Acontece que não estamos vendo toda a situação. Se pararmos de ver a imagem através de fotografias isoladas, e encararmos o que ocorre globalmente, veremos que o universo não é estático e, portanto, não pode ser vistos através de fotografias. O universo é dinâmico e, portanto, o equilíbrio não é estático, e sim, é um equilíbrio dinâmico.
Notaremos que o pêndulo se aproxima de uma das colunas, porém vai chegar um momento que ele irá parar e inverter o sentido do movimento, indo de encontro da coluna oposta. Irá passar pelo centro e continuará se aproximando da coluna oposta, até parar e inverter novamente o sentido de seu movimento, num eterno ciclo. Analisando-se essas oscilações perceberemos que a média é justamente o ponto central entre as duas colunas. Por isso que os ciclos são as manifestações perfeitas de duas forças em equilíbrio, sendo a terceira ponta do triângulo eqüilátero. Dessa forma, o positivo só se manifesta quando está sendo equilibrado pelo negativo, e vice-versa.
Por isso mesmo que a nossa vida é repleta de ciclos, de fluxos e refluxos, de altos e baixos. Temos que aproveitar a primavera e o verão, não somente se divertindo ao Sol, mas também plantando e trabalhando em nossa lavoura, para podermos colher o que plantamos no outono, e quando o inverno chegar, passaremos pelo mesmo abastecidos com os frutos de nossa colheita. E por mais rigoroso e escuro que seja o inverno, sabemos que ele é passageiro, e tão certo que o Sol irá nascer depois de uma noite fria, o inverno será seguido por uma nova primavera.
O mesmo tipo de equilíbrio se aplica às nossas emoções, como por exemplo, o amor e o ódio. Sabemos que, pela lei do equilíbrio, a mesma distância que o pêndulo vai para a direita, ele irá depois para a esquerda. Da mesma forma, aquele que muito ama, também é aquele que muito odeia. São as pessoas conhecidas como passionais. Por outro lado, aquele que pouco é afligido pelo ódio, também é pouco afligido pelo amor. O amor e o ódio se alternam em nossas vidas. Se exagerarmos muito de um lado, também iremos sofrer as conseqüências do exagero do outro lado. Por isso que um amor cego pode se transformar num grande ódio. Como diz o ditado popular, amor e ódio são as duas faces da mesma moeda! Manifestam-se juntos, pois afinal de contas, ao amarmos algo simultaneamente iremos odiar tudo aquilo que venha a ameaçar o objeto de nosso amor. O sábio não é aquele que se entrega às paixões, e sim é aquele que as mantém comedidas.
Nós todos estamos à mercê das emoções e dos sentimentos, oscilando dentro de nós. Aquele que é escravo das paixões é aquele que simplesmente se deixa arrastar por esses ciclos, pois não consegue manter o domínio sobre eles. É aquele que comete excessos, mal sabendo que o excesso de um lado fatalmente irá desencadear o excesso do outro lado, pois o Universo sempre se manterá em equilíbrio. Isso fará com que a sua vida permanece sempre num aparente desequilíbrio, a mercê das dualidades. É o pêndulo com oscilações longas, que se afasta muito do centro, ora muito perto da coluna direita, ora muito perto da esquerda, o que, aparentemente, dá a impressão de estar manifestando os opostos, e não o equilíbrio entre os mesmos, deixando a tarefa de se manter o equilíbrio com o Cosmos, atitude essa que resulta em fatos desagradáveis para a vida desse indivíduo e daqueles que estão a sua volta.
O verdadeiro mestre não delega ao Cósmico o trabalho de manter o equilíbrio, fato que acarreta em situações imprevisíveis e nem sempre agradáveis! O verdadeiro sábio assume, ele mesmo, o trabalho de manter-se em equilíbrio, pois dessa forma ele está no controle. Não deixa o seu barco a deriva, mas assume o leme do mesmo! É o pêndulo com oscilações curtas, afastando-se pouco do centro. Dessa forma, mantém-se o tempo todo mais próximo do centro do que das colunas laterais, manifestando, de fato, o equilíbrio entre os opostos, que são conciliados dentro dele mesmo, pois o equilíbrio foi alcançado internamente, e não deixado como encargo para o Cósmico realizá-lo externamente!
É isso que representa o iniciado entre colunas! Jakin e Boaz são as colunas laterais da Árvore da Vida Cabalística, chamadas de Colunas da Severidade e da Misericórdia, sendo o iniciado a coluna do meio dessa mesma árvore, chamada coluna do equilíbrio ou da beleza. As colunas laterais representam as dualidades, e quando o iniciado está entre colunas, ao adentrar o templo, simboliza o compromisso que ele aceitou de equilibrar os pares de opostos dentro dele mesmo, conciliando as dualidades em seu interior, a fim de manifestar o equilíbrio entre ambas e de se tornar, ele mesmo, a manifestação perfeita, o triângulo eqüilátero, justo e perfeito entre colunas!
Natureza Trina do Ser Humano e os Três Planos de Manifestação.
O ser humano foi formado por três Deuses, sendo que cada um deles contribuiu com uma parte. Logo, o ser humano é trino, o que corrobora a Lei do Triângulo. Porém, de acordo com algumas doutrinas místicas, o ser humano encarnado seria representado pelo número 9, ou seja, o 3 vezes o 3. Para simplificar tudo isso, vou considerar três planos horizontais de manifestação: o divino, o astral e o físico. E cruzando esses planos, colocarei três colunas verticais: a Alma, a Mente e o Corpo. A tabela abaixo ilustra esse fato:
*******************Alma ********** Mente ******** Corpo ****
Plano Divino *Centelha Divina **** Eu Interior *** Corpo Luminoso *
Plano Astral * Energia da Alma ** Subconsciente *** Corpo Astral ***
Plano Físico * Energia da Alma * Mente Consciente * Corpo Físico ***
Assim sendo, o ser humano seria composto por uma alma, um corpo e uma mente, que quando encarnado, além de se manifestarem no plano divino, também se manifestariam no plano astral e no plano físico.
Vamos analisar o primeiro triângulo, composto por alma, corpo e mente.
A alma seria a nossa essência divina, que sozinha não se manifesta, pois a essência sem um corpo para conter-lhe, acabaria por se diluir. A alma seria o ponto 1 do triângulo.
Já o corpo seria o que dá suporte à manifestação da alma. Sozinho o corpo também não tem condições de se manifestar, pois um corpo, sem ser infundido pela energia vital da alma, acaba por se decompor. O corpo seria o ponto 2 do triângulo.
Da interação da alma com o corpo resulta a manifestação da Mente no terceiro ponto do triângulo. Logo, o ser humano é trino, constituído da interação de uma alma com um corpo, que resultam na manifestação da consciência, cuja expansão é o objetivo principal da Evolução Cósmica.
No plano divino, nosso corpo é formado por uma substância muito sutil, a qual vibra nas freqüências mais altas do Teclado Cósmico. Vou chamá-lo de corpo luminoso, embora já tenha lido alguns autores chamá-lo de corpo causal. Tal corpo causal se manifesta no plano astral através do corpo astral, que por sua vez se manifesta no plano físico através de nosso corpo físico. Nosso corpo físico vibra nas fequências mais baixas do Teclado Cósmico, enquanto o corpo astral vibra numa freqüência intermediária entre o corpo físico e o corpo luminoso.
A nossa alma pertence ao plano divino, mas quando estamos encarnados, parte de sua energia vivifica tanto o nosso corpo astral quanto o nosso corpo físico. Como o corpo astral vibra numa frequência mais próxima das vibrações divinas do que o corpo terreno vibra, a parcela da energia de nossa alma, a vivificar o corpo astral, é maior do que a parcela da mesma que chega até o nosso corpo físico.
No plano divino a nossa mente é o Eu Interior, também chamada de Mente Superior. A manifestação do Eu Interior no plano astral é o subconsciente, que por sua vez se manifesta no plano físico através da nossa mente objetiva, também chamada de mente consciente. Porém, quando algo que vibra em altíssimas frequências, como a Mente Superior, tem que ser convertido em algo de baixíssimas frequências, como a mente física, algo se perde nessa conversão. É por isso que a nossa personalidade é apenas um reflexo de nosso Eu Interior, sendo que a maior parte das qualidades de nossa Mente Superior não podem ser manifestadas em nossa consciência objetiva.
Se tivermos um equipamento de telecomunicações que opera em altas frequências, e na outra ponta um outro que opera em baixas frequências, é óbvio que um não saberá da existência do outro, pois não conseguirão se comunicar. Será necessária a existência de um conversor entre ambos os equipamentos, convertendo o sinal de altas frequências num sinal de baixas frequências, e vice-versa, para que ambos se conectem.
O mesmo ocorre em relação à alma e ao corpo físico, sendo que a função do equipamento conversor de frequências é realizada pelo corpo astral. É o nosso corpo astral que conecta a alma ao corpo físico, permitindo, assim, que o ser humano possa viver na Terra. É através do corpo astral, ou seja, através de nosso subconsciente, que o Eu Interior manda inspiração à mente física, assim como é através dele que a mente física manda as impressões e lições mundanas ao Eu Interior. É por tal motivo que qualquer contato com o Eu Interior tem que ser realizado através da introspecção, pois o subconsciente é a ponte entre a nossa consciência objetiva e o nosso Eu Interior.
Com tudo isso em mente, nós podemos simplificar e dizer que o ser humano é trino e é formado por alma, corpo e mente, e que se manifesta, quando encarnado, nos planos divino, astral e físico.
Odin, Vili e Vê
Já sabemos que o ser humano é formado por 3 partes intimamente interligadas, a saber: Alma, Mente e Corpo. Quando encarnado, vou considerar como corpo o nosso corpo físico, que é o suporte material da Alma aqui no plano físico. Com isso em mente, vamos analisar a constituição do ser humano de acordo com a Tradição Nórdica.
Dessa forma Odin, que de acordo com a Tradição Nórdica forneceu o espírito, é o responsável pela alma humana. Odin fornece a centelha Divina que arde dentro de cada um de nós, centelha essa que nos anima (sopro da vida) e nos torna parente dos Deuses. Não é a toa que Odin também é um Deus da Morte, que recolhe em seu palácio a alma de todos aqueles que foram valorosos durante a vida, o que antigamente se traduzia em morrer com honra na batalha! Afinal de contas, nada mais natural do que voltar para Ele exatamente a parte que Ele concedeu e que melhor se manifestou aqui na Terra! Odin também é o Deus do êxtase divino e da inspiração. Logo, o êxtase divino provém de nossa alma, e a inspiração ocorre quando um fluxo de energia proveniente de nossa centelha divina se torna compreensível para a nossa mente consciente.
Vili, que deu o conhecimento e os sentimentos, é responsável pela Mente. Vili também significa Vontade. Logo, a nossa Vontade está em nossa Mente e, portanto, é nossa Mente que tem a palavra final sobre nossas decisões, nos mostrando o caminho a seguir. Mente forte, Vontade forte. Uma Mente fraca, uma Vontade fraca!
E por fim, Ve é responsável pelo nosso corpo físico. Ve significa Sagrado, significando que o nosso corpo físico é sagrado, pois é o templo da alma. É através de nosso corpo físico que nós podemos manifestar as Virtudes Divinas no plano físico. Por isso mesmo é que nosso corpo físico deve ser bem cuidado e jamais ser desprezado. Ve também é chamado de Lodur, que para alguns autores é um outro nome para Loki. Vê nos deu o sangue, e na forma de Loki, é um Deus Ígneo. E o que faz ferver mais o sangue do que nossas paixões terrenas? Dessa forma, Vê também é o responsável por nossas paixões terrenas, cujo objetivo é satisfazer o nosso corpo físico, o qual é sagrado, pois é o templo de nossa alma.
Infelizmente, nós não estamos cientes de que esses 3 aspectos formam, na realidade, uma unidade. E essa falta de consciência faz com que, em geral, nossa centelha divina aponte para um lado, enquanto nossas paixões físicas apontam para o outro. Essa falta de sincronismo entre a nossa centelha divina e nossas paixões físicas nos quebram, nos fazendo ficar a mercê de um falso mundo de dualidades e em completo desequilíbrio!É como uma carruagem puxada por dois cavalos. A centelha divina é um cavalo, nossas paixões físicas são o outro cavalo, e nossa mente é o carroceiro, sendo que cada cavalo está amarrado a um dos braços do carroceiro. O fato de não termos nossas aspirações espirituais em conformidade com nossas paixões terrenas faz com que cada cavalo vá para um lado diferente. Isso faz com que nossa mente, o carroceiro, se rasgue em dois, criando um falso conceito de Bem contra o Mal, perdendo-se no mundo falso das dualidades inconciliáveis!
A função do carroceiro, que é a nossa mente, é justamente fazer com que as nossas aspirações espirituais se alinhem com nossas paixões terrenas. Dessa forma, ambos os cavalos irão seguir para o mesmo ponto, desaparecendo, assim, a dualidade que afligia a nossa mente. Iremos ter a mente clara e faremos com que os dois cavalos nos guiem até o destino escolhido por nossa mente, de forma eficiente e segura.
Mas como a nossa mente pode sincronizar nossa centelha divina com as nossas paixões terrenas, fazendo-as apontar para o mesmo ponto?
Isso pode ser feito através do conhecimento. Através de técnicas de introspecção, nossa mente consciente pode receber a inspiração necessária diretamente de nossa centelha divina, através de nosso Eu Interior. Ao receber essa inspiração, a nossa mente objetiva deve usar de conhecimento e raciocínio para interpretar corretamente o que a nossa Mente Superior quis de fato nos comunicar. Depois disso, deve usar de critérios para saber como alinhar as nossas paixões terrenas em conformidade com as nossas aspirações espirituais. E para colocar isso em prática, são necessárias disciplina e vontade, pois não há disciplina sem vontade.
Nossa mente consciente, além de ser disciplinada, tem que ser equilibrada, para saber levar a alma e o corpo em conformidade. Não adianta darmos importância demasiada às nossas aspirações divinas, em detrimento às nossas paixões terrenas, pois isso só gera sofrimento, doença e ruína. Temos que saber descartar aspirações utópicas e sem sentido, e nos concentrarmos nas aspirações que, de fato, são passíveis de se realizar no plano terreno. Também não adianta darmos livre vazão às paixões terrenas, pois isso também só gera sofrimento, sendo fonte de vícios e insatisfação. Temos que ter disciplina suficiente para frearmos os impulsos terrenos quando esses se mostrarem exagerados, ou então, quando se mostrarem em total desacordo com nossas aspirações divinas. Não devemos ser castos, mas também não nos convém sermos depravados!
E é para achar esse meio termo, esse ponto de equilíbrio, é que saímos em busca de conhecimento. Só dessa forma poderemos manifestar, aqui na Terra, a perfeição de nossa centelha divina, nos tornando o Triangulo Eqüilátero, justo e perfeito entre as colunas.
Bibliografia:
1-) Manual Nórdico - O Texto Rúnico,
Autor: Grimmwotan Idavoll,
2-) The Mystical Qabalah
Autora: Dion Fortune
3-) Deuses e Mitos Do Norte Da Europa
Autora: H.R. Ellis Davidson
4-) Dogma e Ritual De Alta Magia
Autor: Eliphas Levi.
5-) A Cabala Das Feiticeiras
Autora: Ellen Cannon Reed
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