sábado, 26 de setembro de 2009

Como Encontrei os Deuses Nórdicos

Sejam bem vindos ao meu Blog. Para começar, vou escrever um pouco sobre mim mesmo e os motivos de fazer um Blog. Sou pagão e cultuo os Deuses e Deusas do Norte da Europa, sendo Odin o meu Deus Patrono. Apesar de pertencer à Aliança da Águia Visigoda, eu cultuo os Deuses de uma forma bem particular e solitária.
Eu também pertenço à O.T.O. Mundi, uma ordem de Magia Thelêmica formada, em sua maioria, por Odinistas ou simpatizantes do Paganismo Nórdico.
Além disso, eu também sou místico pois durante mais de 22 anos eu fui
estudante rosacruz da AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosacruz).
Para muitos podem parecer coisas conflitantes, mas depois de anos de intensas meditações, cheguei ao entendimento de que não são, pelo menos em essência.
Por isso mesmo resolvi expor minhas idéias e conclusões para que elas possam ao menos inspirar as pessoas que se interessam pelo assunto. E para começar, convido-os para que leiam a minha breve história, onde eu conto como passei a cultuar os Deuses Nórdicos. Sem pretensões de ser o dono da verdade, pois já mudei minha forma de pensar várias vezes, desejo a todos uma boa leitura.

A Origem

Desde cedo eu estive envolvido com assuntos místicos. Aos quinze anos de idade eu me filiei à Ordem Juvenil dos Portadores do Archote, da AMORC, onde comecei a estudar e praticar o misticismo rosacruz. Ao completar 18 anos, em 1988, eu ingressei na Antiga e Mistica Ordem Rosacruz, AMORC, continuando os meus estudos e práticas místicas. Como todos que caminham por essa senda, eu também passei por algumas “Noites Negras”, onde a dúvida e a confusão me afastaram ligeiramente do meu caminho, deixando minha mente dividida entre idéias e conceitos antagônicos. Mas como não existe noite eterna, uma Força Superior me guiava novamente para a minha trilha, e nos primeiros raios da Aurora, o Cosmos me nutria com a inspiração necessária, fazendo com que eu pudesse perceber quais eram os meus erros e acertos. As minhas dúvidas eram dissipadas e as idéias antagônicas que me afligiam eram conciliadas numa terceira idéia, mais ampla e abrangente, que as equilibrava e englobava.
Em geral eu sempre fui muito solitário, raramente eu freqüentava uma Loja. Como a técnica de ensino da AMORC permite, eu sempre estudei e pratiquei sozinho, no silêncio de meu Sanctum pessoal. É que eu sempre senti mais facilidade de entrar em contato com o meu Eu Interior no silêncio da solidão do que em grupo. Mas isso não é uma regra geral. Cada indivíduo possue suas próprias particularidades, cabendo a cada qual descobrir as suas e explorá-las. Afinal de contas, nós mesmos somos o maior dos mistérios. Tanto é que na Grécia Antiga, no templo de Apolo, em Delfos, encontrava-se a seguinte frase, atribuída ao filósofo grego Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo, e conhecerás o Universo e os Deuses”.

Sem Religião

Eu nunca tive uma religião e, portanto, nunca me considerei um cristão. Acredito que existe uma Força Maior, algo indefinível que a tudo infunde. É o Cósmico, leis universais que regem o universo. Acredito que existe uma mente universal por trás de tudo isso, e que nós fazemos parte dessa mente universal, pois durante os meus períodos de Sanctum eu posso sentir essa mente e essa energia universais.
Porém eu não chamo essa Força Maior de Deus, pois eu sempre tive aversão à idéia de que existia um único Ser Onipotente e Onipresente que fazia o que bem entendesse ao seu bel prazer. Nunca acreditei nisso! Eu sempre tive em mente o conceito de que o Universo é regido por Leis Naturais e que, dessa forma, o Cosmos funciona como uma espécie de máquina auto-suficiente, bastando para nós, humanos, entendermos como essas leis funcionam e, uma vez entendendo-as, nos harmonizarmos com elas. Nunca acreditei em pecado, carma ou castigo divino. É simplesmente uma questão de ação e reação. Pura matemática!
Apesar de tudo, nunca fui materialista, pois sempre tive plena convicção na existência do plano espiritual, assim como também sempre acreditei na existência de seres espirituais mais desenvolvidos do que nós, que podem nos auxiliar se entrarmos em comunhão com os mesmos. Também acredito que tais seres espirituais formam uma espécie de Hoste Cósmica, e que são os responsáveis por manter a ordem no Universo. Se não for pela ação desses seres, o Cosmos se tornaria um Caos, pois apesar de existirem leis naturais que a tudo regem, é necessária a ação de entidades inteligentes para aplicar tais leis na manutenção e construção do Cosmos, caso contrário, tais leis iriam agir na destruição da ordem existente. Afinal de contas, uma máquina funciona devido à aplicação das leis naturais, mas caso deixemos essa máquina sem a manutenção adequada, serão essas mesmas leis naturais que farão com que a máquina não funcione direito, quebre e, no final, pare de funcionar, tornando-se sucata!
E por mais desenvolvidos e poderosos que tais seres espirituais possam ser, nenhum deles pode ir contra as leis naturais, pois todos eles também estão sujeitos às Leis Universais que regem o Cosmos. A diferença é que eles possuem um conhecimento muito mais profundo de tais leis do que nós, humanos. Eu costumava chamar a esses seres de Mestres Cósmicos.
Dessa forma, eu nunca acreditei em milagres e no sobrenatural. O que chamamos de milagre e sobrenatural nada mais é do que colocar em movimento leis naturais que desconhecemos! E sobre saber o que construiu essa máquina chamada Cosmos, eu nunca me preocupei muito com isso. Afinal de contas, nem sequer sabemos como essa máquina funciona, como podemos então pretender saber como ela foi construída?
Além do mais, quem disse que ela foi construída por alguma coisa?
Se o Cosmos é infinito e eterno, porque não aceitar que ele sempre existiu, porém com formas de manifestações diferentes da forma que ele se manifesta atualmente?
Desse jeito, não seria a origem de nosso Universo somente o início da forma atual em que o Cosmos se manifesta?
A origem do Universo, então, não seria a origem do Cosmos propriamente dito, já que esse é eterno e infinito. Antes dessa suposta origem, o Cosmos se manifestaria de uma outra forma, a qual é impossível para nós sequer tentarmos imaginar! Afinal de contas, como explicar o que existia antes do começo, se todas as ferramentas que possuímos para dar essa explicação só valem se consideradas depois desse suposto começo?
Eu não tenho essas respostas, e duvido que alguém nesse planeta as possua...

Paganismo

Foi por volta de 2001 que fatos estranhos começaram a ocorrer. Eu já praticava alguns exercícios rosacruzes e realizava contatos com o Sanctum Celestial quase que diariamente e, ligeiramente, eu sentia uma espécie de energia espiritual, seguida de uma sensação de “pertencer ao infinito”. Mas esses sentimentos eram muito tênues, sendo que tinha dias que eu não sentia nada. E foi durante esse ano que eu comecei a me preocupar muito com o aspecto religioso da vida. Tais pensamentos me surgiram “do nada”, sem motivo aparente, pois afinal de contas, eu não tinha religiosidade alguma e achava que estava muito bom assim. Foi aí que, sem saber explicar o motivo, a minha mente racional e o meu coração começaram a falar linguagens diferentes. Minha mente dizia que religiosidade e religião eram completamente irrelevantes, mas o meu coração me infligia um sentimento de que eu precisava “encontrar a minha religião”.
Eu era um ignorante em matéria de religiosidade, sendo que as únicas religiões que eu conhecia era o cristianismo, o judaísmo e o islamismo, e nenhuma delas me agradava, além de não despertarem absolutamente nada em mim. Porém eu continuava tendo a sensação de que eu precisava encontrar a minha religião.
Como se o Cosmos resolvesse me auxiliar em minha busca, foi durante as minhas práticas rosacruzes que eu comecei a sentir a presença de Entidades Espirituais. Era de forma muito fraca e não acontecia sempre. Porém, quando acontecia, mesmo sendo sutil eu conseguia perceber que não era mais uma vaga energia divina e indefinida o que eu sentia. Eu sentia que no meio dessa energia divina existiam personalidades. Às vezes uma, noutras vezes várias, não importa, mas eram inteligências! Comecei a pensar em Mestres Cósmicos, mas do fundo de meu ser, esse título não me convencia! Era algo mais que isso!
E foi durante essa fase de minha vida que, completamente sem querer, eu me deparo com uma página falando sobre a Wicca na internet. A princípio achei que era tudo uma espécie de brincadeira, mas conforme eu lia sobre o assunto, comecei a sentir que o tema era sério, pois algumas coisas que eu lia tinha correspondência com os ensinamentos esotéricos que eu vinha estudando na AMORC, e tudo isso na Internet! Fiquei então surpreso por existir uma religião chamada Bruxaria Moderna, a qual não acreditava num único Deus Onipotente e prepotente, e sim numa Deusa e num Deus, o Casal Divino!
A surpresa e a curiosidade iniciais foram substituídas por interesse, e eu comecei a pesquisar e a estudar o assunto e, surpresa das surpresas, eu vi que existiam coisas que eu jamais imaginava existir em pleno século 21! Comecei então a estudar, pela Internet e através de livros, os mais diversos assuntos, como por exemplo, Wicca, Bruxaria, Paganismo, Deuses, Magia, Hermetismo, Cabala, Teurgia e Druidismo.
Sou meio São Tomé, não me convenço facilmente das coisas e, portanto, se eu ficasse apenas nas leituras eu logo ia perder o meu interesse. Mas eu gosto de por à prova o que eu leio, e como muita coisa que eu lia tinha correspondências com as práticas e estudos rosacruzes, eu comecei a encarar as técnicas rosacruzes com outros olhos, e durante um dos meus períodos de harmonização com o Sanctum Celestial, me veio o seguinte pensamento:
Se ao invés de utilizar essas técnicas para me harmonizar com o Cósmico, o que aconteceria se eu as utilizasse para tentar comungar com Deuses e Deusas?
A partir desse instante, a partir desse contato com o Sanctum Celestial, uma luz começou a brilhar nas trevas, e os fatos começaram a se suceder!

Um Neo-Pagão a Procura dos seus Deuses

Tomada a decisão, comecei a por as minhas idéias em prática. Sem entrar muito em detalhes, como eu já estava acostumado a realizar as minha práticas esotéricas diariamente, comecei então a realizar comunhões diárias com os Deuses. Além disso, por influência do que lia na Internet e em livros, principalmente de Wicca, além das comunhões diárias comecei também a celebrar determinadas datas em especial, onde além de realizar meditações e comunhões especiais e específicas dessas datas, também fazia oferendas aos Deuses e Deusas celebrados nessas oportunidades. Tais datas eram todas as Luas Cheias, todas as Luas Escuras, os dois Solstícios, os dois Equinócios e as quatro datas no auge de cada estação do ano. Eu utilizava o panteão greco-romano e egípcio, pois afinal de contas, tinha que partir de algum lugar, não podia ficar parado. Li muitas pessoas dizendo que era ruim misturar Deuses de panteões distintos, mas no fim da Antiguidade, na época em que o Império Romano ainda era pagão, em algumas partes do império tanto os Deuses Egípcios quanto os Deuses Greco-Romanos eram cultuados pelo povo, logo eu não tive problema algum em cultuar Deuses Egípcios e Deuses Greco-Romanos.
Também comecei a estudar Cabala. Como estava procurando “a minha religião”, também entrei para algumas outras ordens e organizações. Pertenci à Tradicional Ordem Martinista (TOM) por três anos. Também pertenci ao Colégio Druídico do Brasil por três anos e, durante esse período, costumava freqüentar as reuniões promovidas pela Abrawicca aqui em Porto Alegre. Existiam alguns sábados em que de manhã eu ia ao conventículo martinista, que é misticismo cristão, e de tarde, no mesmo dia, participava de uma reunião promovida pela Abrawicca. É que eu sou da opinião de que se você quiser saber sobre algo, tem que participar e freqüentar, e não só ficar ouvindo “os outros falarem”. Hoje em dia não pertenço a mais nenhuma dessas três organizações, mas todas elas foram muito úteis para que eu pudesse paulatinamente encontrar e seguir o meu caminho.
E os anos foram se passando, e quanto mais eu praticava, mais eu sentia o poder dos Deuses durante as minhas comunhões e meditações. Eu não mais sentia “personalidades” em meio a uma energia divina. Eu passei a sentir “personalidades” emanando energia divina! As coisas começaram a ficar mais claras, pois eu de fato passei a sentir a presença dos Deuses e eles de fato começaram a se comunicar comigo durante as meditações, e conforme passavam-se os meses e anos, o poder que eu sentia emanando dos Deuses ia ficando cada vez mais forte e intenso. Dessa forma, mediante os fatos, eu não mais duvidava da existência dos Deuses!
Apesar disso tudo, ainda estava faltando algo! Apesar dos contatos diários, eu ainda sentia que o meu trabalho de pesquisa não estava completo. Afinal de contas, apesar de sentir os Deuses, o meu laço com Eles ainda não estava tão firme quanto eu achava que poderia ser! Embora eu cultuasse os Deuses Greco-Romanos e Egípcios, eu sentia que a minha sintonia com os mesmos não estava perfeita. Algo ainda me inquietava, e eu não sabia explicar o que era! Os contatos eram fortes o bastante para não duvidar da existência dos Deuses, mas não eram claros o suficiente para que eu pudesse ter a certeza de tê-los encontrado!

Odinismo e os Deuses Nórdicos

Foi no transcorrer de 2005 que eu entrei em contato com o Odinismo através da Internet. Através de listas de discussões eu lia sobre os Deuses Nórdicos, e passei inclusive a freqüentar listas odinistas. Para entender melhor sobre o que falavam nessas listas, passei a estudar o assunto através de sites na Internet e inclusive comprei e li o livro “Deuses e Mitos do Norte da Europa”, de H. R. Ellis Davidson. Achava interessante, mas não pensava em cultuar os Deuses Nórdicos.
Acontece que, em meados de 2005, o owner de uma das listas de discussão odinista que eu frequentava resolveu dar uma série de exercícios e meditações relativas ao paganismo nórdico para quem tivesse interesse em praticá-las. Como eu já tinha as minhas comunhões diárias, eu não pensei em fazer tais exercícios, pois achava que não daria tempo.
Durante as minhas comunhões eu costumava colocar a imagem de uma Deusa em meu altar. Não era nenhuma Deusa específica. Eu simplesmente a chamava de Deusa! E foi durante o término de uma de minhas meditações diárias, quando eu abri os olhos e olhei para a imagem da Deusa que algo de surpreendente me aconteceu. Ao olhar a Deusa eu simplesmente senti como se ela falasse em minha mente: “Pratique os exercícios Odinistas”.
Essa mensagem foi clara e marcante demais para que eu pudesse desprezá-la. Passei, então, a praticar os exercícios passados pelo owner da lista odinista. Resumindo bastante, eram exercícios de ativação dos Hvels, meditação e contato com as Disir. Comecei a praticá-los conforme me fora instruído. As minhas comunhões diárias eu continuava praticando na parte da manhã, ao acordar, sem alterações e esses exercícios odinistas eu praticava de noite.
E foi durante esse período de práticas odinistas que novas intuições começaram a ocorrer. Durante os exercícios odinistas eu entrava em contato com as Disir. Até aí tudo bem, não via nada de mais nisso. O que começou a me impressionar é que durante as minhas comunhões diárias, com Deuses Greco-Romanos e Egípcios, as Disir começaram a aparecer. E durante outros exercícios, sejam de comunhão com os Mestres Cósmicos ou com o Sanctum Celestial, eu também comecei a sentir a presença das Disir. E cada vez mais eu ia sentindo uma espécie de ligação com Elas, como se existisse um laço que eu não sabia explicar!
Ao mesmo tempo, passei a me sentir atraído pelos Deuses Nórdicos, a ponto de pensar em começar a comungar com Eles. Passei então a cultuar os Deuses Nórdicos, mas não abandonei por completo os Deuses Greco-Romanos e Egípcios. Passei então a sentir os Deuses Nórdicos, e quanto mais eu os cultuava, mais intimidade eu ia sentindo com Eles. E num dia, durante a noite, eu tive um sonho que selou o meu destino! Nesse sonho eu estava num bar, tomando cerveja, e existiam várias pessoas à minha volta, também tomando cerveja. Sentia que eram todos Odinistas, e que os Deuses Nórdicos também estavam presentes no bar, bebendo cerveja junto com todos nós. De repente eu ouço uma voz que me diz mais ou menos assim: “Não adianta se afastar, tu és e sempre será do Clã. Uma vez pertencente ao Clã, sempre será do Clã. Podes se afastar, mas não adianta o quão longe se encontre e nem quanto tempo demore, irás acabar sempre voltando para nós, pois tu és do nosso Clã”.
Nesse dia eu tomei a decisão de mergulhar de cabeça no culto aos Deuses Nórdicos. Dessa forma, durante todas as minhas comunhões diárias e em todos os rituais que eu praticava, seja os sazonais ou os da Lua Cheia e Escura, eu passei a cultuar e me harmonizar única e exclusivamente com os Deuses Nórdicos.
Em pouco tempo, tudo se clareou. Ao tomar essa decisão, eu passei a sentir a presença dos Deuses Nórdicos com uma força e uma clareza que eu não sentira antes. E mais que isso, eu finalmente senti que eu tinha achado a minha família! É difícil explicar isso, mas passei a ter a sensação de que fortes laços me ligavam aos Deuses Nórdicos, e mais do que isso comecei a sentir que eram como se fossem meus parentes! Comecei a sentir que algo muito forte e ancestral me ligava a Eles! Além disso, eu finalmente percebi que aquelas inteligências que começaram a aparecer de forma tênue em 2001 eram, na realidade, os Deuses Nórdicos que começaram a entrar em contato comigo e a me guiar para que eu finalmente fosse digno de recebê-los e de comungar com Eles!
Agora eu não tenho mais dúvidas, pois sempre que eu entro em comunhão com os Deuses Nórdicos eu sinto a presença e a energia Deles, de uma forma tão forte que eu não tenho a menor dúvida sobre a existência Deles, de uma forma tão clara que não me resta a menor dúvida sobre a identidade dos mesmos e mais que isso, de uma forma tão marcante que hoje eu tenho certeza de que os laços que me unem a Eles são fortes e eternos! Afinal de contas, a Verdadeira Vida não termina com a destruição desse corpo físico, que é passageiro e, portanto, minha relação com os Deuses Nórdicos já vem de outras existências...

Em Companhia dos Deuses

Uma vez que eu descobri, ou melhor, redescobri os Deuses que estão relacionados comigo, continuei em minha incansável busca para o meu aprimoramento espiritual. Afinal de contas, continuo sendo um místico rosacruz, sendo que a única diferença é que agora eu sei quem é(são) o(s) Deus(es) de Meu Coração e de Minha Compreensão!
Resumindo, entrei para a Aliança da Águia Visigoda, através da lista de discussão "Hermandad Odinista del Sagrado Fuego", e passei a trocar e-mails com o Gudja Hoen Falker e com o GrimmWotan. Aliás, foi o GrimmWotan quem me auxiliou a descobrir que o meu Deus Patrono é Odin!
Nesse meio tempo, pertenci a Aurum Solis, uma ordem de magia e theurgia com sede no Canadá. Eu pratiquei os rituais diários que me passavam por um período aproximado de seis meses, mas acabei saindo da ordem.
Depois pertenci a Hermetic Order of Golden Dawn, uma ordem de magia com sede nos Estados Unidos. Praticava diariamente o Ritual Menor de Banimento do Pentagrama, Ritual de Banimento do Hexagrama e o Ritual do Pilar do Meio. Ao acordar de manhã eu fazia as minhas meditações e comunhões com os Deuses Nórdicos, como de costume, e de noite praticava os rituais da Golden Dawn. Fiz isso durante um ano, e no transcorrer desse período comecei a perceber e sentir a presença de uma Entidade Espiritual poderosa ao término do Ritual do Pilar do Meio, quando permanecia por um tempo com os olhos fechados e em estado receptivo. Com o auxílio de meu Tutor, que me indicou uma técnica para “fazer com que a Entidade se identificasse”, eu descobri que essa Entidade era Odin! Eu já costumava comungar com Odin durante as minhas práticas matinais, e quando Ele se identificou no Pilar do Meio, eu reconheci e senti que era Ele mesmo! A partir desse momento, sempre ao término do Pilar do Meio eu passei a sentir a presença e a energia de Odin com uma força incrível!
Eu já devia esperar por isso, pois afinal de contas, Odin é meu Deus Patrono, e dentre outras coisas, é o Deus da Magia e da Sabedoria. Compreendi que eu devia procurar uma ordem de magia relacionada ao Odinismo e ao paganismo nórdico, mas não sabia onde encontrá-la. E mais uma vez o Cósmico veio em meu auxílio!
Mandei um texto meu para o Gudja Hoen Falker da lista de discussão "Hermandad Odinista del Sagrado Fuego", sem nenhuma pretensão. O texto relacionava a Árvore da Vida Cabalística com alguns aspectos do Paganismo Nórdico, e eu perguntei se poderia mandar esse texto para a lista dele. Ele falou que sim, e mais que isso, me deu a dica para falar com o GrimmWotan, pois o mesmo estava às voltas com uma Ordem de Magia que tinha a ver com o texto que eu escrevera. Analisando friamente agora, em retrospectiva, eu percebo como as “peças se encaixaram” perfeitamente! Eu já não falava com o GrimmWotan a mais de um ano, tinha perdido o contato. E por incrível que pareça, sem eu desconfiar de nada, aproximadamente durante a época em que ele estava envolvido na fundação da O.T.O. Mundi eu começo a perceber a presença de Odin em meus rituais da Golden Dawn, o que me inspirou a escrever um texto relacionando Cabala e Paganismo Nórdico e, sem motivo aparente, pedir permissão ao Gudja Hoen Falker para enviá-lo para a sua lista, que por sua vez me diz que seria interessante falar com o GrimmWotan sobre o trabalho em que ele estava envolvido! Dessa forma, entrei em contato com o GrimmWotan e entrei para a O.T.O. Mundi, como Frater Hroptatyr.
Dessa forma, hoje em dia eu continuo fazendo as minhas meditações e comunhões matinais diárias com os Deuses e Deusas do Norte da Europa, e de noite eu pratico rituais e exercícios da O.T.O. Mundi. Eu só deixo de praticar exercícios da OTO Mundi de noite nos dias em que pratico os Rituais Sazonais e nos dias em que pratico os Rituais das Luas Cheia e da Lua Escura. Afinal de contas, o dia só tem 24 horas e, além disso tudo, apesar de dormir eu também tenho que trabalhar para me sustentar...!
Portanto, eu convido-os a partilharem de minhas buscas e conclusões através dos textos desse Blog! Que os meus textos sirvam de inspiração aos leitores.
Boa leitura e descobertas...

Frater Hroptatyr

Um comentário:

  1. Hails Unsaráim Gudam Ansjus Jah Wanus!!

    Hails Haithnu Brothyro..s Jah Swistar Visigoths Thiuda!

    Uuesad Gî Hêl All!!

    Saudações Eduardo.

    Exelente articulo.

    Possam os Ansjus e os Wanus concederem a você todas as graças,que muitas sejam
    as alegrias em sua vida assim com as bencãos em seu caminho.

    Um Grande Abraço.

    Disciplina da tribo e Lealdade do clã a nossas
    Ancestrais e Deuses.

    Os inimigos são o preço da honra.

    "Que as Valkirias velem o caminho daqueles que com um nó de
    conhecimento e esforco estam trabalhando para construir nosso caminho.

    "Frithus jah Sweran"

    Gutane Jer Weihailag

    _________________
    Auhmists Gudja Hoen Falker
    Conselho Tribal Irmandade Odinista do Sagrado Fogo México
    Conselho Tribal Aliança da Águia Visigoda Midjungard

    O noso camiño de vida está arraigado o sangue (Folk) a Honrra
    (Valores) e o Chan de nosso Pai Wodan, e non respondemos a ninguén mais que a
    nos mesmos

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